ANTI – SM
Material: soro
Sinônimo: SM
Método: Fluorimetria
Coleta: Jejum não obrigatório.
Código CBHPM: 40306127
Interpretação:
Uso: O Sm destina-se à como meio auxiliar no diagnóstico clínico do Lúpus Eritematoso Sistémico (SLE). Os anticorpos Sm são marcadores clínicos altamente específicos, mas comparativamente pouco sensíveis, para o LES. Na realidade, a sua presença constitui um dos critérios ACR revistos para o diagnóstico, ainda que a sua prevalência global varie entre 20% a 30% no LES.
Referência:
Não Reagente: < 7,0 U/mL
Inconclusivo: 7,0 a 10,0 U/mL
Reagente: > 10,0 U/mL
ANTI – SS-A (RO)
Material: soro
Sinônimo: SSA
Método: Fluorimetria
Coleta: Jejum não obrigatório. Coletar soro.
Código CBHPM: 40306119
Interpretação: diagnóstico da síndrome de Sjögren e lupus eritematoso sistêmico. Os anticorpos anti-SSA (RO) são dirigidos contra antígenos extraíveis nucleares (ENA), presentes com alta freqüência em soro de pacientes com síndrome de Sjögren (superior a 85% dos casos) e lúpus eritematoso sistêmico (cerca de 30-40% dos casos). Podem ser encontrados em soros de pacientes com artrite reumatóide, miosite e esclerodermia. Seu achado nos soros de recém-natos está associado a complicações cardíacas quando a mãe é anti-SSA (RO) reagente, além de complicações dérmicas. Seu uso pode ser conveniente em mães com abortos de repetição, por poderem estar associados à síndrome de anti-fosfolipídeos. Pode ser o único marcador autoimune reagente em pacientes lúpicos com anticorpos antinucleares não reagentes.
Referência:
Até 7,0 U/mL = NÃO REAGENTE
Entre 7,1 a 10,0 U/mL = INCONCLUSIVO
Maior que 10,1 U/mL = REAGENTE
ANTI – SS-B (LA)
Material: soro
Sinônimo: ANTI LA
Método: Fluorimetria
Coleta: Jejum não obrigatório. Coletar soro.
Código CBHPM: 40306089
Interpretação: diagnóstico de Síndrome de Sjögren e outras doenças autoimunes como Lupus Eritematoso Sistêmico. O antígeno LA (SSB) é uma ribonucleoproteína utilizada na transcrição protéica, associada ao RNA, podendo ser encontrada no citoplasma. Está presente em 50 a 60% dos casos de Síndrome de Sjögren e em 10% dos casos de Lúpus Eritematoso Sistêmico. Quando se utilizam células HEp-2 como substrato na reação de imunofluorescência, para a pesquisa de anticorpos antinucleares (técnica complementar), o padrão encontrado (positivo) é filamentoso, fino ou atípico. O diagnóstico laboratorial definitivo é realizado por enzimaimunoensaio.
Referência:
Até 7,0 U/mL = NÃO REAGENTE
Entre 7,1 a 10,0 U/mL = INCONCLUSIVO
Maior que 10,1 U/mL = REAGENTE
ANTI – TIREOGLOBULINA
Material: soro
Sinônimo: Anticorpos Anti-tireoideanos, Anti tireoglobulina
Método: Quimioluminescência
Coleta: Jejum de 8 horas. Anotar uso de medicamentos.
Código CBHPM: 40316106
Interpretação: diagnóstico da tireoidite de Hashimoto. A medida dos níveis de anticorpos anti – tireoglobulina no soro pode também ser usada para outras doenças da tireóide. Mais de 90% dos pacientes com tireoidite de Hashimoto apresentam títulos elevados de anticorpos anti – tireoglobulina.
Referência:
Valor normal: Inferior a 40 UI/mL
Limite Mínimo de detecção 20,0 UI/mL
ANTI – TIREÓIDE
Material: soro
Sinônimo: Anticorpos anti-tireoideanos
Método: Quimioluminescência
Coleta: Jejum de 8 horas. Anotar uso de medicamentos.
Código CBHPM: 40316106
Interpretação: diagnóstico da tireoidite de Hashimoto. A medida dos níveis de anticorpos anti – tireoglobulina no soro pode também ser usada para outras doenças da tireóide. Mais de 90% dos pacientes com tireoidite de Hashimoto apresentam títulos elevados de anticorpos anti – tireoglobulina.
Referência: Anti-Microssomal
Normal : < 35,0 UI/mL
Elevado : > 35,0 UI/mL
Anti-Tiroglobulina
Valor normal: Inferior a 40 UI/mL
Sensibilidade do método: 0,1 ng/mL.
ANTI – TRANSGLUTAMINASE – IGA
Material: soro
Sinônimo: Anticorpos da classe IgA anti-transglutaminase
Método: Imunofluorimetria
Coleta: Coletar sangue sem anticoagulante, separar o soro refrigerar e enviar.
Código CBHPM: 40308553
Interpretação: marcador sorológico da doença celíaca
Referência: Negativo : < 7,0 U/mL
Indeterminado: 7,0 a 10,0 U/mL
Positivo : > 10,0 U/mL
ANTI – TRANSGLUTAMINASE – IGG
Material: soro
Sinônimo: Anticorpos da classe IgG anti-transglutaminase
Método: Imunofluorimetria
Coleta: Coletar sangue sem anticoagulante, separar o soro refrigerar e enviar.
Código CBHPM: 40308553
Interpretação: marcador sorológico da doença celíaca
Referência: Negativo : < 7,0 U/mL
Indeterminado: 7,0 a 10,0 U/mL
Positivo : > 10,0 U/mL
ANTI – TROMBINA III
Material: plasma citratado
Método: Coagulométrico.
Coleta: Jejum de 04 horas. Coleta de sangue com Citrato . Separar imediatamente o plasma e enviar congelado.
Código CBHPM: 40304060
Interpretação: investigação de tendência a tromboembolismo venoso; detecção de estados de hipercoagulabilidade; monitoramento de resposta a heparina. A antitrombina III é um dos principais inibidores dos fatores de coagulação ativados. Sua deficiência (herdada ou adquirida) quantitativa ou funcional está associada com risco aumentado de tromboembolismo venoso. Pacientes com níveis baixos de ATIII são geralmente resistentes ao uso de heparina. A antitrombina III inativa a trombina e os fatores IXa, Xa, XIa, XIIa. Sua atividade é amplificada pela heparina. A deficiência de ATIII ocorre em cerca de 1/5000 pessoas. O risco de tromboses aumenta de 0,1% em pessoas normais a 55-70% em pacientes com deficiência quantitativa ou qualitativa de ATIII, herdada ou adquirida. Valores aumentados: casos de inflamação aguda (ATIII é um marcador de fase aguda), hiperglobulinemia, uso de anticoagulação com cumarínicos.
Valores diminuídos: deficiência familiar hereditária (autossômica dominante, com valores em torno de 40-60% do normal), doença hepática crônica, cirrose hepática, síndrome nefrótica, doenças com má nutrição protéica, terapia com heparina após o terceiro dia, terapia com l-asparaginase, doença trombótica ativa, coagulação intravascular disseminada, uso de contraceptivos orais, gravidez, recém-natos, leucemia aguda, carcinomas, queimaduras, trauma pós-cirúrgico, doença renal e sepse.
Referência: Normal : 75 a 125% de atividade
ANTI – XA, ATIVIDADE
Material: Plasma citrato ref
Método: Cromogênico
Rotina: Diária
Coleta: O cliente deve receber orientação do seu médico quanto ao horário da coleta, caso não haja orientação coletar entre 3 horas e meia a 4 horas após a última dose do medicamento – Informar o horário da última dose da heparina de baixo peso molecular (e o horário da coleta na admissão do exame). – Centrifugar logo após a coleta na velocidade minima de 2500 rpm, separar o plasma em tubo de transporte (cuidado para não pipetar a camada de plaquetas) e congelar. – Informar toda a medicação utilizada pelo paciente nos últimos 15 dias.
Interpretação: Teste utilizado para monitorização laboratorial das heparinas de baixo peso molecular especialmente em pacientes com insuficiência renal, gestantes, idosos, obesos e crianças.
Referência: Em caso de dose terapêutica aplicada de heparina de baixo peso molecular o valor sugerido é de 0,41,1 UI/mL, em amostra colhida 4 horas após a administração do medicamento.
ANTI -TPO – ANTICORPOS
Material: soro
Sinônimo: Anti microssomal
Método: Quimioluminescência
Coleta: Jejum de 8 horas. Anotar uso de medicamentos.
Código CBHPM: 40316157
Interpretação: diagnóstico de hipotireoidismo, tireoidite de Hashimoto e mixedema primário. Os anticorpos anti-microssomais foram substituídos pela dosagem de anticorpos anti-TPO, tendo em vista que o antígeno microssomal é a própria peroxidase tireoidiana. Os anticorpos anti-microssomais (ou anti-tiroperoxidase) e anti-tireoglobulina são detectáveis em grande parte nos indivíduos acometidos por tireoidite de Hashimoto, tireoidite atrófica, tireoidite pós-parto e boa parte dos acometidos por doença de Graves. A pesquisa de autoanticorpos contra a tireóide pode apresentar melhores resultados quando realizados simultaneamente anti-microssomais (anti-TPO) e anti-tireoglobulina, visto que em algumas circunstâncias os pacientes podem apresentar resposta autoimune a somente um antígeno tireoidiano. Geralmente, pacientes com mixedema, tireoidite granulomatosa, e carcinoma não produzem anticorpos anti-tireoidianos. Ainda, relata-se que até 10% de indivíduos normais (ou sem alteração clínica e funcional) podem apresentar autoanticorpos contra antígenos da tireóide, especialmente os idosos, e especialmente do sexo feminino. Indivíduos normais com níveis elevados de TSH e tiroxina livre (T4l) em níveis normais, com qualquer anticorpo anti-tireoidiano reagente apresentam risco aumentado para o desenvolvimento de hipotireoidismo franco no futuro.
Interferentes: patologias autoimunes como lupus eritematoso sistêmico, síndrome de Sjögren, artrite reumatóide, anemia perniciosa e outras podem estar associadas à positividade para pesquisa de anticorpos anti-tireoidianos. Alguns testes podem resultar negativos devido ao pequeno número ou confinamento dos clones linfocitários B responsáveis pela produção destes anticorpos.
Referência:
Normal : < 35,0 UI/mL
Elevado : > 35,0 UI/mL
Limite de Detecção: 10,0 UI/mL
ANTI DNASE B
Material: soro
Sinônimo: AntiDesoxirribonuclease B (anti-DNase B),
Método: Nefelometria
ANTI-FILAGRINA E PROFILAGRINA, AUTO-ANTICORPOS
Material: soro
Sinônimo: Anticorpos Anti-Profilagrina; Anti-queratina
Método: Imunofluorescência Indireta
Coleta: Coletar sangue total sem anticoagulante, separar o soro e refrigerar.
Interpretação: Anticorpos antifilagrina ocorrem em cerca de 45% dos pacientes com artrite reumatóide e têm especificidade próxima a 100% para esta enfermidade. Anticorpos antiprofilagrina (APF), também chamados antifator perinuclear, ocorrem em cerca de 75% dos pacientes com artrite reumatóide e têm especificidade de cerca de 85% para esta enfermidade. Títulos acima de 1/40 têm especificidade próxima a 100%. Podem ocorrer precocemente no curso da mesma, quando ainda não surgiram fatores reumatóides. Os anticorpos antifilagrina e antiprofilagrina fazem parte de um sistema de anticorpos dirigidos a resíduos citrulinados, que podem ser detectados em três tipos de testes: antifilagrina, antiprofilagrina (APF) e antipeptídeo citrulinado cíclico. A filagrina e a profilagrina são utilizadas por serem ricas em resíduos citrulinados. Um mesmo soro não necessariamente irá reagir nos três tipos de teste, porque cada um dos substratos utilizados apresenta epítopos exclusivos, podendo os auto-anticorpos de um determinado soro reconhecer epítopos peculiares a apenas um ou dois desses substratos.
Referência: Filagrina, Auto-anticorpos: Não Reagente diagnóstico de artrite reumatóide.
ANTI-NUCLEOSSOMO (ANTI-CROMATINA)
Material: soro
Sinônimo: Anti-cromatina
Método: Imunoenzimático.
Coleta: Jejum não obrigatório. Coletar sangue total sem anticoagulante, separar o soro e refrigerar
Interpretação: Diversos fatores, entre eles, a dificuldade de padronização e a interpretação, fizeram com que a pesquisa de células LE fosse abandonada como um teste para pesquisa de Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES). A pesquisa de anticorpos anti-nucleossomo ou anti-cromatina é um exame que hoje tem sido usado com grande freqüência em substituição a pesquisa de células LE. Alguns autores evidenciaram que os anticorpos anti-nucleossomo é um marcador precoce de LES(1,3,4 ). O nucleossomo é o principal antígeno na patofisiologia do LES, e os anticorpos anti-nucleossomo estão associados a atividade do LES. Representa a menor unidade da cromatina, sendo constituído por um trecho de DNA nativo envolvendo um octâmero de moléculas de histonas(2,3). A investigação deste anticorpo é realizada por ensaio imunoenzimático (ELISA), um método padronizado e de excelente desempenho. Os anticorpos anti – nucleossomo são marcadores de lúpus eritematoso sistêmico, com uma sensibilidade de 60% a 70% e especificidade em torno de 95% a 100%(1).
Referência: Não Reagente: < 20 Unidades
Fracamente Reagente: De 20 a 40 Unidades
Moderadamente Reagente: de 41 a 100 Unidades
Fortemente Reagente: > 100 Unidades
ANTICOAGULANTE LÚPICO
Material: plasma citratado
Sinônimo: Anticorpo antifosfolipideo, LAC, APA, LAc
Método: Teste realizado em 2 etapas: 1ª Teste de triagem:dRVVT (teste fosfolípide dependente utilizando reagente com baixa concentração de fosfolípides). 2ª Teste confirmatório: RVVT confirmatório (confirmação da presença do inbidor inespecífico – anticoagulante lúpico – utilizando reagente com alta concentração de fosfolípides).
Coleta: Jejum de 4 horas. Sangue colhido com citrato. Suspender o uso de anticoagulante oral 2 semanas antes da coleta do sangue , se heparina
suspender 2 dias antes da coleta.
Código CBHPM: 40304019
Interpretação: processos trombo-embólicos recorrentes, manifestações trombóticas neurológicas, abortos espontâneos sucessivos e trombose venosa ou arterial. O anticoagulante lúpico (LAC) e os anticorpos anticardiolipina (ACA) estão associados a doenças tramboembólicas, tais como tromboses venosas profundas, tromboses arteriais, abortos espontâneos de repetição, acidentes vasculares cerebrais e plaquetopenia. Estas doenças podem estar associadas à presença somente dos ACA ou somente de LAC, mas, em geral, ocorrem positivamente para ambos. O LAC ocorre na presença de doenças autoimunes (LES, anemia hemolítica autoimune, artrite reumatóide), distúrbios neurológicos (epilepsia, coréia, enxaqueca, esclerose múltipla e S. Guillain-Barré), após a utilização de medicamentos (hidralazina, procainamida, clorpromazina, quinidina, fenitoína, vários antibióticos).
– LACs e ACAs não são os mesmos anticorpos e podem ocorrer independentemente. Na vigência de suspeita clínica, ambos devem ser pesquisados.
– Estes anticorpos podem ocorrer em duas síndromes intimamente relacionadas, porém, clínica, bioquímica e laboratorialmente distintas: a Síndrome Antifosfolipídica Primária e a Síndrome Antifosfolipídica Secundária. Ambas síndromes estão associadas a manifestações tromboembólicas (venosas, arteriais e de microcirculação) em qualquer tecido ou órgão, e complicações da gestação (abortos espontâneos de repetição, morte fetal, nascimento de prematuros).
Referência: Teste de Triagem: dRVVT menor que 1,15: ausência de inibidor
Teste confirmatório: RVVT confirmatório menor que 1,21: ausência de inibidor inespecífico (anticoagulante lúpico).