ÁCIDO N-METILIMIDAZOLACÉTICO
Material: Urina 24 horas ref
Método:Espectrometria-Cromatografia Gases/Massa (GC/MS)
Coleta: Coleta de urina 24 h. Misturar as amostras e anotar volume final. Enviar alíquota de no mínimo 20,0 mL.
Referência: Até 4,5 mg/24h
ÁCIDO SALICÍLICO (ASPIRINA)
Material: Soro Congelado
Método: Enzimaimunoensaio
Interpretação: Os salicilatos são ainda bastante utilizados, principalmente em crianças, como analgésicos e antipiréticos. O ácido acetilsalicílico (AAS) é encontrado no mercado comumente associado a anti-histamínicos, descongestionantes nasais sistêmicos, cafeína e outros fármacos. A intoxicação aguda por salicilatos é mais freqüente em crianças por ingestão acidental; em adultos, ocorrem por tentativas de suicídio.
Os salicilatos agem no centro termo-regulador do hipotálamo, exercendo ação antipirética em pacientes febris, mas não têm ação hipotérmica na temperatura corpórea normal. São eficazes na artralgia por exercem ação analgésica e diminuem a permeabilidade dos tecidos inflamados.
Salicilatos em doses tóxicas estimulam o sistema nervoso central diretamente, causando hiperpnéia e um distúrbio metabólico com acúmulo ácido orgnânicos.
Referência:
Nível Terapêutico:
Anestésico/analgésico: 20 a 100 ug/mL
Anti-inflamatório: 100 a 250 ug/mL
Nível Tóxico: Superior a 300 ug/mL
ÁCIDO TRANS, TRANS-MUCONICO
Material: urina do final da jornada de trabalho
Sinônimo: Benzeno
Método: Cromatografia Líquida de Alto Desempenho (HPLC)
ÁCIDO TRICLORO ACÉTICO
Material: urina do final da jornada de trabalho
Sinônimo: Tetracloreto de Etileno
Método: Cromatografia Líquida de Alto Desempenho (HPLC)
Coleta: Coletar urina no final do último dia de jornada de trabalho.
Interpretação: Nível de intoxicação através da exposição ao Tetracloroetileno.
Referência: IBMP*: 3,5 mg/L na exposição ao Tetracloroetileno.
*IBMP: Indíce Biológico Máximo Permitido (NR-7).
Metodologia desenvolvida e validada pelo laboratório de acordo com a RDC 302 de 13/10/2005, Art.5.5.5.1.
ÁCIDO TRANS, TRANS-MUCONICO PRÉ JORNADA
Material: Urina pré-jornada de trabalho
Volume: 50,0 mL
Método: Cromatografia Líquida de Alto Desempenho (HPLC)
Coleta: Coletar urina de pré jornada de trabalho em frasco de coleta de urina limpo e sem aditivo. Manter a amostra refrigerada para o envio ao laboratório. Amostras mantidas a temperatura ambiente são estáveis por até uma semana. Amostras refrigeradas entre 2-5°C são estáveis por até quinze dias. Amostras congeladas são estáveis por até 2 meses. Evitar ciclos descongelamento e descongelamento.
Interpretação: Indicador biológico de exposição ao Benzeno, em substituição ao Fenol urinário.
Referência:
Normal: até 0,50 mg/g creatinina
IBMP*: até 1,6 mg/g de creatinina (não contemplado na NR-7, ver portaria 34 de 20/12/2001)
O valor de 1,6 mg/g de creatinina correlaciona-se com uma exposição ocupacional de 1 ppm de benzeno.
ÁCIDO ÚRICO
Material: soro
Sinônimo: Uricemia
Método: Enzimático/automatizado
Coleta: Jejum obrigatório de 8 horas.
Código CBHPM: 40301150
Interpretação: diagnóstico de gota, destruição celular excessiva, falha renal, uremia pré-renal, alguns defeitos metabólicos.
Valores aumentados: em processos de aumento de síntese de nucleoproteínas, catabolismo, ou diminuição na excreção do ácido úrico renal; gota, insuficiência renal, doenças mieloproliferativas (leucemias, linfomas, mielomas, policitemia), psoríase, síndrome de Lesch-Nyhan, nefropatia por chumbo, doença de estoque do colágeno tipo I, infecções, hipotireoidismo, hipoparatireoidismo, hiperparatireoidismo, diabetes insipidus nefrogênica, acidose láctica e diabética, toxemia da gravidez, aumento de risco cardiovascular, risco de litíase renal.
Valores diminuídos: síndrome da secreção inapropriada do hormônio diurético, deficiência da enzima xantina oxidase, síndrome de Fanconi, doença de Wilson, doenças neoplásicas causadoras de aumento de excreção renal, doença hepática severa, porfiria intermitente, diabetes idiopática e familiar.
Interferentes: agentes quimioterapêuticos +, diuréticos +, etanol +, ácido nicotínico +, salicilatos (baixa dose +, alta dose -), teofilina +, purinas na dieta (rica +, pobre-), alopurinol -, alguns grupos étnicos possuem níveis mais altos (p. ex., filipinos +), sexo, idade, função renal, ácido ascórbico -, azatioprina, corticosteróides, furosemida, indometacina, levodopa, mercuriais, metotrexato, metildopa, fenitoína, prednisona, probenecid, vincristina, desnutrição +, stress +.
Referência:
Homens: 3,6 a 7,7 mg/dL
Mulheres: 2,5 a 6,8 mg/dL
ÁCIDO ÚRICO URINÁRIO
Material: urina – amostra isolada
Sinônimo: Uricosúria amostra isolada
Método: Enzimático/automatizado
Coleta: Usar Bicarbonato de sódio 5g/L de urina.
Código CBHPM: 40301150
Interpretação: diagnóstico da uricosúria, principalmente em casos de litíase renal de repetição por uratos; identificação de pacientes com risco de formação de cálculos e defeitos genéticos.
Valores aumentados: dietas ricas em purinas (nem sempre acompanhado de hiperuricemia).
Valores diminuídos: insuficiência renal crônica ou aguda.
Interferentes: ver Ácido Úrico.
Referência: 15,0 a 99,0 mg/dL
ÁCIDO ÚRICO URINÁRIO – 24H
Material: urina 24 horas
Sinônimo: Uricosúria
Método: Enzimático/automatizado
Coleta: Usar Bicarbonato de sódio 5g/L de urina. Anotar volume total. Separar alíquota.
Código CBHPM: 40301150
Interpretação: diagnóstico da uricosúria, principalmente em casos de litíase renal de repetição por uratos; identificação de pacientes com risco de formação de cálculos e defeitos genéticos.
Valores aumentados: dietas ricas em purinas (nem sempre acompanhado de hiperuricemia).
Valores diminuídos: insuficiência renal crônica ou aguda.
Interferentes: ver Ácido Úrico.
Referência: 150,0 a 990,0 mg/24h
ÁCIDO VALPROICO
Material: SORO TOX CSC
Sinônimo: Valproato de sódio, Depakene, divalproato de sódio
Método: Enzimático colorimétrico
Coleta: Deve ser realizada antes da próxima dose do medicamento. A dose de medicamento deve ser estável por pelo menos dois dias e não deve ter havido falha na tomada do mesmo. Em suspeita de intoxicação, pelo menos seis horas após a última dose.
Código CBHPM: 40301168
Interpretação: monitoramento de níveis terapêuticos de ácido valpróico (valproato), utilizado no tratamento de epilepsias. Os níveis séricos de ácido valpróico devem ser mantidos na faixa de referência indicada. Concentrações superiores às concentrações tóxicas podem causar toxicidade direta ou indireta em vários órgãos, notadamente fígado, medula óssea e tecido cerebral.
Interferentes: recomenda-se tomada do medicamento e coleta da amostra realizadas de modo constante, dada à característica circadiana das concentrações de ácido valpróico. A exposição a qualquer agente metabolizado do álcool ou hepatotóxico pode interferir nos níveis séricos da droga, especialmente álcool. Processos patológicos que envolvam o fígado também podem interferir nos valores.
Referência: Concentração terapêutica: 50,0 a 100,0 ug/mL
ÁCIDO VANIL MANDÉLICO
Material: Urina 24h acidificada
Sinônimo: VMA,
Método: Cromatografia Líquida de Alto Desempenho (HPLC)
Coleta: Para a determinação de ácido vanil mandélico, a amostra deve ser coletada em frasco limpo contendo 10 mL de uma solução de HCl à 50% ou 6N para cada litro urina. A coleta deverá ser feita em um frasco intermediário antes de depositar no frasco com conservante.
Preferencialmente não realizar no período menstrual. Em casos excepcionais e nos de urgência, pode ser realizada a coleta de urina menstruada utilizando-se um tampão vaginal.
Três (3) dias antes do início da coleta e no quarto dia, quando a coleta da urina será iniciada, o paciente deverá abster-se de qualquer substância que contenha: Café, Chá, Chocolate, Amendoim, Vanilina, Vitaminas, Refrigerantes, Nozes, Baunilha, Abacate, Banana, Ameixa, Berinjela, Tomate, Kiwi, Abacaxi, Sorvete, Manga.
Os pacientes devem, também, abster-se de fumo, refrigerantes com cola e bebidas alcoólicas nestes 4 dias. Durante estes quatro (4) dias o paciente deverá alimentar-se de: Pão, Manteiga, Ovos, Açúcar, Leite integral, Arroz, Carne, Água a vontade.
Algumas medicações podem alterar o resultado do exame. Evite o uso de medicamentos durante o período de dieta e coleta de material. Medicamentos prescritos só devem ser suspensos a critério do médico assistente.
Código CBHPM: 40316033
Interpretação: diagnóstico de feocromocitoma; avaliação de quadros hipertensivos; seguimento de neuroblastomas e ganglioneuroblastomas.
O ácido vanil mandélico (VMA) é o metabólito final da epinefrina e norepinefrina.
Valores aumentados: feocromocitoma, neuroblastoma, ganglioneuroma, ganglioblastoma.
Interferentes: café +, chá +, chocolates +, baunilha +, algumas frutas e vegetais +, drogas vasopressoras +, drogas antihipertensivas +, metildopa +, inibidores MAO -, aspirina, imipramina, ácido nalidíxico, penicilina e sulfas.
A coleta de urina 24 horas deve ser realizada após a observância de dieta de três dias padronizada para VMA, com coleta total e correta do volume de 24 horas.
Referência: Novos valores de referência a partir 23/05/12.
Urina 24 horas: 3,3 a 6,5 mg/24h
Urina amostra isolada:
Até 6 meses – 5,5 a 26,0 mg/g creatinina.
7 a 11 meses – 6,1 a 20,0 mg/g creatinina.
1 a 2 anos – 2,5 a 21,0 mg/g creatinina.
3 a 8 anos – 1,5 a 12,0 mg/g creatinina.
9 a 12 anos – 2,0 a 9,0 mg/g creatinina.
Adultos – 1,1 a 4,1 mg/g creatinina.
Valores de referência antigos:
Urina 24 horas 2,0 a 14,0 mg/24h
Amostra isolada:
0-2 anos: 0-27 mg/g creatinina
3-5 anos: 0-13 mg/g creatinina
6-17 anos: 0-9 mg/g creatinina
18 anos e maiores: 0-6 mg/g creatinina
ÁCIDOS BILIARES TOTAIS
Material: Soro congelado ref
Sinônimo: Sais Biliares
Método: Espectrofotometria
Interpretação: A dosagem de ácidos biliares totais no sangue pode ser utilizada como um teste de depuração hepática endógena, mas as informações obtidas por este exame devem ser confirmadas por outras provas de função do fígado. O aumento na concentração dos ácidos biliares totais no sangue sugere limitação hepática nas capacidades de depuração e/ou secreção ou, ainda, a existência de um shunt porto-sistêmico.
Referência: Igual ou inferior a 10,0 umol/L
ÁCIDOS GRAXOS (GORDURA FECAL) – PESQUISA
Material: fezes
Sinônimo: Teste do Sudan III
Método: Sudam III
Coleta: Coletar fezes, vedar o frasco.
Código CBHPM: 40303055
Interpretação: avaliação diagnóstica de esteatorréia.
Processos de má digestão e malabsorção podem causar esteatorréia. Pacientes com má digestão excretam triglicérides, enquanto pacientes com malabsorção excretam ácidos graxos em excesso. Esta análise permite esta distinção. Em casos de insuficiência exócrina pancreática, contudo, a liberação de triglicérides pode ser normal. A pesquisa de ácidos graxos encontra-se alterada em casos de insuficiência exócrina pancreática ou condições mal absortivas de intestino delgado.
Interferentes: metamucil, bário, bismuto, enzimas pancreáticas.
Referência: A presença de até 100 gotículas por campo.
(450 x aum.) é considerada normal.
ÁCIDOS GRAXOS DE CADEIA MUITO LONGA (VLCFA)
Material: Soro congelado ref
Sinônimo: Painel peroxissomal, ácidos graxos C22-C26, VLCFA
Método: Cromatografia Líquida de Alta Performance (HPLC) e Espectrometria de Massa
Coleta: O paciente deve evitar ingerir bebida alcoólica nas 24 horas anteriores à coleta.
Colher do paciente em jejum de 12 horas.
Colher sangue em 2 tubos de 3 mL sem gel separador e sem anticoagulante.
Aguardar por 30 minutos;
Centrifugar a 2200 g por 10 minutos a 18 ºC;
Aliquotar 2 mL de soro em frasco plástico estéril.
Enviar congelado.
Interpretação: A determinação dos níveis plasmáticos de ácidos graxos de cadeia muito longa e dos ácidos pristânico e fitânico é útil para o diagnóstico de doenças em que há defeito na função do peroxissomo. Essas doenças são geneticamente determinadas e tão heterogêneas quanto sua expressão clínica. Entre elas, temos: Defeitos da biogênese do peroxissomo – que incluem a doença de Zellweger, a adrenoleucodistrofia neonatal e a doença de Refsum neonatal – de herança autossômica recessiva, que se caracterizam por múltiplas falhas da função peroxissomal e se manifestam precocemente com hipotonia, retardo grave do desenvolvimento neuropsicomotor, dismorfismo facial, perda auditiva e visual e alteração da função hepática e renal; Adrenoleucodistrofia (ALD) e sua variante, a adrenomieloneuropatia, que tem herança recessiva ligada ao cromossomo X, é a mais freqüente das doenças peroxissomais e decorre de deficiência em proteína da membrana peroxissomal envolvida em transporte de ácidos graxos. A ALD caracteriza-se por graus variáveis de insuficiência adrenal associados à desmielinização do SNC, de instalação na infância e caráter progressivo. Já a adrenomieloneuropatia cursa com mais lentidão e começa mais tardiamente, causando neuropatia periférica e paraparesia espástica; Doença de Refsum, de herança autossômica recessiva, caracterizada por ataxia, ictiose e retinite pigmentar. A afecção se apresenta com níveis elevados de ácido fitânico e é passível de ser tratada com restrição dietética dessa substância.
Referência:
0 a 5 anos: Valores de referência não estabelecidos para esta faixa etária.
5 a 17 anos: Ácido Fitânico: 0,37 a 3,46 umol/L
Ácido Pristânico: Inferior ou igual a 0,28 umol/L
Ácido Docosanóico (C22): 32,04 a 84,33 umol/L
Ácido Tetracosanóico (C24): 25,27 a 64,05 umol/L
Ácidos Hexacosanóico (C26): Inferior ou igual a 0,68 umol/L
Relação C24/C22: 0,67 a 0,87
Relação C26/C22: 0,002 a 0,010
Relação Pristânico/Fitânico: 0,02 a 0,015
adultos:
Ácido Fitânico: 0,48 a 3,13 umol/L
Ácido Pristânico: Inferior ou igual a 0,35 umol/L
Ácido Docosanóico (C22): 39,18 a 99,20 umol/L
Ácido Tetracosanóico (C24): 31,26 a 84,11 umol/L
Ácidos Hexacosanóico (C26): Inferior ou igual a 0,94 umol/L
Relação C24/C22: 0,64 a 0,99
Relação C26/C22: 0,002 a 0,010
Relação Pristânico/Fitânico: 0,01 a 0,16